“Participação das Pequenas Centrais Hidrelétricas no Setor Elétrico. Um Estudo de Caso – Brasil

A energia elétrica, em suas mais distintas variedades, é e sempre será uma ferramenta importantíssima para a sobrevivência e o desenvolvimento socioeconômico da espécie humana.  Segundo Flórez (2011), no final do século XIX, a eletricidade inicialmente foi empregada nos serviços de iluminação pública com a finalidade de substituir o gás e o petróleo. A partir de então se tornou a força motriz para o progresso dos processos industriais e comerciais além de constituir uma ferramenta básica para o conforto nas residências.
 
 
 A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou, em seu Atlas de Energia Elétrica de 2005 que, no início do terceiro milênio, a energia passou a alcançar os mais diversos locais do planeta, em virtude das evoluções tecnológicas em geração, transmissão e própria utilização final, convertendo em polos industriais e grandes centros urbanos, regiões que anteriormente eram desabitadas ou com desenvolvimento limitado. Apesar do progresso, cerca de um terço da população do mundo ainda não tem acesso a esse recurso, e uma parte do restante é atendida de forma insatisfatória. No Brasil, a situação é um pouco mais confortável, porém ainda alarmante, pois, apesar da abundância dos recursos energéticos e da vasta extensão territorial, mais de 80% da população reside nos centros urbanos, onde a maioria das atividades econômicas é concentrada e os problemas referentes a suprimento energético são aglomerados.  
 
 
Ainda segundo a ANEEL, boa parte das riquezas energéticas do País está localizada em áreas pouco exploradas e afastadas dos centros de consumo, além de estarem suscetíveis a restrições ambientais. Com efeito, torna-se substancial o conhecimento estruturado da disponibilidade dos recursos energéticos e das tecnologias disponíveis para desenvolver social e economicamente essas regiões, preservando sua diversidade biológica e garantindo o suprimento energético das zonas mais desenvolvidas. 
 
 
No Brasil há diversas formas de geração de energia das quais destaca-se: hidráulica, térmica, nuclear, eólica, biomassa e solar. Em virtude da crise do petróleo na década de 70, buscou-se a utilização de programas de eficiência energética para tornar as gerações de energia mais potentes, com menor custo, maior qualidade da energia e uso consciente da mesma por parte da demanda. Dessa forma, surgiu a grande busca pela geração de energia através das fontes renováveis, ou seja, energia limpa com o menor impacto ambiental possível.  Dentre as energias renováveis, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s) são uma excelente alternativa para aumentar a oferta de energia, de forma descentralizada, econômica e muito viável devido ao grande potencial hidráulico brasileiro, pois elas, além de não dependerem de grandes reservatórios como as Usinas Hidrelétricas. Grande parte do potencial localiza-se junto aos centros de consumo, evitando a instalação de novos e longos sistemas de transmissão, onde o sistema fica sujeito a perturbações atmosféricas, queimadas ao longo das linhas, queima de equipamentos, minimizando perdas de potência e quedas de tensão. Fato este que potencializa a competitividade da fonte geradora, viabilizando e tornando prioritário o emprego dessas usinas geradoras na Matriz Energética Nacional. 
 
Para ler o trabalho de Gísela Bello da Silva na íntegra, clique aqui.
 
 

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