Chesf negocia crédito para aportar em Belo Monte

O presidente da Chesf, Jos&eeacute; Carlos de Miranda Farias, disse nesta quarta-feira (18/5) que a Chesf está negociando com bancos oficiais a concessão de um financiamento para que a companhia possa fazer o aporte correspondente na SPE que comanda a hidrelétrica de Belo Monte, à espera dos recursos do BNDES. Segundo ele, a estatal negocia com bancos oficiais a concessão de pelo menos R$ 140 milhões, relativos a aportes futuros de capital que devem ser feitos na proporção da fatia que a empresa possui na usina.

 

Os recursos são necessários para que as obras da usina não paralisem enquanto não recebem os recursos já aprovados pelo BNDES, da ordem de R$ 2 bilhões. O banco espera que a parcela da energia não contratada da usina no mercado livre tenha alguma destinação, pois os eventuais contratos serão utilizados como garantia para a liberação dos recursos pelo banco. Miranda conta que os sócios estudam alternativas para contratar essa energia, num momento de preços baixos e retração de demanda.

 

A parcela ainda não entrou no caixa da Norte Energia porque a parte descontratada, da ordem de 900 MW médios, seria negociada no último leilão A-5, depois de uma brecha do governo para que essa energia fosse considerada como nova. Mesmo assim, a usina não fechou negócios, uma vez que o preço-teto para a geração hidrelétrica era da ordem de R$ 115/MWh e o valor considerado ideal pelo banco era de R$ 185/MWh a R$190/MWh, pelo menos.

 

Abengoa

 

Miranda, que partiicipou do 13° Enase, no Rio de Janeiro, disse que a Chesf não pode assumir as obras que conectam Belo Monte ao Nordeste do país, cuja linha estava a cargo da Abengoa e foi paralisada com a dêbacle do grupo espanhol, porque a empresa possui muitas obras em andamento, impossibilitando-a de assumir um ativo de grande porte. A linha possui 1,8 mil quilômetros e é considerado ponto de atenção do governo.

 

De acordo com o executivo, a estatal possui 33 obras com previsão de conclusão até o fim do ano. Uma delas, de menor porte, mas considerada de grande importância, é a conclusão de reforços para a região metropolitana de Fortaleza, cujas obras foram paralisadas pelo empreendedor e assumidas pela Chesf.

 

Fonte: Brasil Energia

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