Alta no consumo de energia não oferece risco ao suprimento até 2018

A evolução do consumo de energia no Brasil não deverá representar riscos ao suprimento do país até 2018, afirmou o novo diretor­-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata. Segundo ele, o principal desafio do órgão hoje é assegurar o atendimento do sistema a custos menores do que os observados nos últimos anos. 

 

“Até 2018, a expectativa é que o consumo não reaja a ponto de trazer problemas no suprimento”, disse Barata, em sua primeira aparição pública no cargo, no Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio de Janeiro. “O desafio é assegurar o suprimento a custos menores do que tivemos nos últimos anos”, completou ele.

 

O novo diretor­-geral também indicou que o operador voltará a acionar termelétricas apenas quando houver sinal econômico, ou seja, quando o custo médio de operação (CMO) do sistema for mais alto que o custo de acionamento de cada térmica. 

 

“O despacho térmico dos últimos anos sempre foi heterodoxo. Nossa meta é buscar despacho térmico segundo ordem de mérito”, afirmou. “No próximo mês nós já podemos estar despachando por ordem de mérito”, completou. 

 

Na prática, o despacho por ordem de mérito, tem potencial para reduzir o custo da energia para o sistema e, consequentemente, os consumidores. Hoje, as térmicas são acionadas por medidas de segurança, em patamares de custo definidos pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). 

 

Hoje, por exemplo, por decisão do CMSE, todas as térmicas com custo de operação de até R$ 150 por megawatt­hora (MWh) estão sendo acionadas. O CMO do subsistema Sudeste/Centro­Oeste, o principal do país, por exemplo, está em R$ 54,01 por MWh.

 

A retomada do acionamento das térmicas por ordem de mérito vinha sendo defendida há alguns meses pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O ONS, ainda sob a gestão de Hermes Chipp, porém, ainda defendia, por cautela, o despacho por segurança energética.

 

Fonte: Valor Econômico

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