AES com geração total nas usinas do Tietê

Sem poder revelar montantes, devido ao período de silêncio antes da divulgação de resultados de 2015, a AES Tietê informou que, desde meados de janeiro e sob orientação do ONS, aumentou ao máximo, a produção de energia nas cinco hidrelétricas que opera ao longo do rio Tietê. Essas usinas somam 1.020 MW de capacidade instalada.

O armazenamento total ao longo da cascata, que deveria chegar ao nível de 86% somente por volta junho, ao final do período úmido, chegou a esse patamar na primeira quinzena de janeiro. Houve um salto de quase 30% entre o final de dezembro último e o começo de 2016.

“Superamos o recorde histórico de vazão na usina Nova Avanhandava, que era de 5.500 m³/s, registrado por volta da inauguração, em 1983. Em meados de janeiro atingimos 7.500 m³/s”, relata o gerente de Operações da empresa, Antônio Carlos Garcia.

No rio Grande, onde a companhia opera a hidrelétrica Nova Avanhandava, a maior do seu parque gerador, com 1.396 MW de potência, o ritmo de enchimento não foi menos surpreendente para essa época do ano. O reservatório estava com 94% em janeiro último contra 14% verificados  em mesmo período de 2015. De dezembro a janeiro a evolução foi de cerca de 50%.

Hidrovia

Na última quinta-feira (4/2), as eclusas das usinas de Bariri e Barra Bonita foram liberadas para navegação, após manutenção periódica realizada a cada dois anos pela AES Tietê, informou Garcia. Esse procedimento foi antecipado na hidrelétrica Nova Avanhandava, a última da cascata da empresa, porque o trecho de hidrovia que segue até Três Irmãos – usina da Cesp em processo de transferência para a chinesa CTG – ficou interrompido de 2014. Está prevista obra, de responsabilidade do Departamento Hidroviário da Secretaria de Transportes do Estado de S. Paulo, de aprofundamento do calado, em 2,4 metros, ainda este ano.

“No trecho compreendido entre as nossas usinas, tanto a navegação de turismo como de carga operou normalmente. O que ficou prejudicado foi o transporte de longa distância, proveniente do Centro-Oeste, por causa do trecho entre Nova Avanhandava e Três Irmãos”, informou o gerente da geradora.

O projeto de prolongamento do traçado da Hidrovia até Conchas, favorecendo, principalmente o transporte fluvial de etanol, não tem data para seguir adiante. O licenciamento ambiental da obra, que inclui a construção de uma barragem em Santa Maria da Serra, está suspenso a pedido do Departamento Hidroviário, devido à complexidade das recomendações propostas pela Cetesb.

Fonte: Brasil Energia

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