Aneel aprova reajuste médio de 35% na tarifa da Copel

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (24), um reajuste médio de 35,05% na tarifa média cobrada pela Copel. O valor é superior ao íbdice solicitado pela empresa, de 32,4%. Pela rede social Facebook, o governador Beto Richa (PSDB) informou que foi “surpreendido” com a decisão da Aneel e que irá solicitar a suspensão da aplicação do reajuste.

Nas residências, que utilizam a rede de baixa tensão, o aumento autorizado pela Aneel foi de 33,49%. Para as ligações de alta tensão, o reajuste pode ser de até 37,35%. A medida afeta 4,2 milhões de unidades consumidoras localizadas em 393 municípios do Paraná e passa a valer a partir de hoje.

O aumento foi autorizado pela diretoria da Aneel, em reunião nesta terça-feira. Os principais aspectos que pesaram na conta, segundo informações divulgadas pela agência reguladora, foram o aumento dos custos que a distribuidora teve com compra de energia, a necessidade de contratar energia nos leilões para suplementação por meio de contratos de energia por disponibilidade e por quantidade (energia com maior custo), e variação da tarifa de Itaipu.

Copel pediu reajuste médio de 32,4%

No final de maio, a empresa de energia do Paraná enviou à Aneel um pedido de reajuste médio de 32,4% a ser aplicado aos consumidores a partir do dia 24 de junho. Na época em que pediu o aumento, a Copel informou que o item que mais pesou na composição do Índice de Reajuste Tarifário Pleiteado (IRT) foi a compra de energia, que equivale a 19,1% do total solicitado pela companhia neste ano.

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Esse custo foi fortemente pressionado pela queda do nível dos reservatórios de hidrelétricas e pelo acionamento constante das usinas térmicas. O valor representa aumento de quase nove pontos porcentuais em relação ao mesmo custo apresentado em 2013 (10,4%). Essas despesas compõem a chamada “parcela A”, referente aos custos não gerenciáveis, ou seja, aqueles sobre os quais a empresa não tem controle.

 

Completam ainda o porcentual solicitado pela Copel 1,5% da “parcela B”, formada basicamente pelos custos operacionais da companhia, e outros 11,8% dos componentes financeiros, que representam a diferença entre as despesas que a empresa já pagou e o que ela recebe por meio das tarifas, e que precisa ser compensado ao longo dos próximos 12 meses.

 

No custo dos componentes financeiros estão inclusos 5,1% do reajuste tarifário de 2013 autorizado pela Aneel que não foi repassado ao consumidor. Na ocasião, a pedido do governo do estado, a Aneel permitiu o parcelamento do aumento concedido de 14,6%, aplicando um aumento médio de 9,5% em 2013 e deixando o restante para entrar no cálculo da tarifa deste ano.

Fonte: gazetadopovo.com.br

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