Cooperativas investem em geração distribuída

O modelo de geração distribuída, no qual os consumidores geram sua própria energia enquanto permanecem conectados à rede, está atraindo cada vez mais cooperativas, dos mais variados setores, interessadas nas reduções de custo.

Até o fim do ano passado, foram implantadas 31 novas conexões de geração distribuída por cooperativas, segundo dados coletados pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Com isso, já somam 56 unidades, com 5,5 megawatts-pico (MWp) de potência instalada, atendendo mais de 150 unidades consumidoras de energia.

A OCB estima que os projetos em operação resultem em uma economia de R$ 7 milhões para os cooperados. Impulsionadas pela expectativa de reduzir custos, novas cooperativas devem aderir ao negócio. A organização estima o registro de 60 a 70 novas instalações neste ano.

O número de conexões de micro e minigeração distribuída já ultrapassou as 20 mil instalações no país, somando uma potência instalada de 247, 3 MW, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na geração distribuída, quando a quantidade de energia gerada em um período for superior a consumida, ela é reinjetada na rede, e o consumidor fica com créditos que poderão ser utilizados para diminuir a fatura dos próximos meses. Essa é outra forma que os consumidores têm para economizar ao adotar o modelo.

No caso das cooperativas, existe a figura da "geração compartilhada". A energia gerada é compartilhada por todos os cooperados, que também dividem o investimento inicial na geração.

Segundo Oliveira, como as cooperativas compartilham estruturas e a gestão, o modelo da geração distribuída acaba ficando cada vez mais atrativo do ponto de vista econômico.

De todas as 56 cooperativas que já adotaram o modelo, mais de 90% utilizam sistemas solares fotovoltaicos, mas há outras fontes de energia também, como termelétricas a biogás e centrais hidrelétricas (CGHs).

Outra vantagem, segundo Oliveira, é que assim as unidades de consumo não "importam" energia gerada em outros lugares. "Você gera renda em um local próximo de onde está a comunidade, tem uma cadeia de suprimento que abastece isso", explicou o analista da OCB.

Santa Catarina é o Estado com maior número de cooperativas com geração distribuída, com 14 instalações, seguido pelo Rio Grande do Sul, que tem oito.

 

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Fonte: Valor Econômico.

 

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