Expansão de geração ultrapassa em 4% a previsão inicial para o ano de 2017

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) destacou, em sua reunião realizada nesta quarta-feira (6/12), que a expansão do sistema no ano 2017, até o mês de novembro, totalizou 6.215 MW de capacidade instalada de geração, ultrapassando em 4% a previsão inicial para o ano 2017 (5.971,5 MW). 

Em novembro, entraram em operação comercial 294,6 MW de capacidade instalada de geração e 100 MVA de transformação na Rede Básica. Em relação à expansão da transmissão, totalizou 1.881 km de linhas de transmissão de Rede Básica e conexões de usinas e 10.834 MVA de transformação na Rede Básica.

O risco de qualquer déficit de energia em 2017 é igual a 0,0%[1] para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste considerando a configuração do sistema do PMO de dezembro de 2017. Já para o ano 2018, estes riscos são de 0,6% e 0,0%, para estes subsistemas, respectivamente.

 

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)

Nota Informativa – 6 de dezembro de 2017

O CMSE esteve reunido nesta quarta-feira, 6 de dezembro de 2017, com o objetivo de analisar as condições de suprimento eletroenergético em todo o território nacional, e divulga, de forma preliminar, os principais pontos tratados pelo colegiado:

Condições Hidrometeorológicas e Energia Armazenada: Inicialmente, o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS destacou que, no mês de novembro, as precipitações apresentaram grande variabilidade espacial, com registros de volumes próximos, em geral, às médias climatológicas de cada bacia. As bacias dos rios São Francisco, Grande, Tietê e Uruguai apresentaram anomalias negativas.

No início do mês de dezembro, as chuvas vêm se concentrando mais significativamente nas bacias dos rios São Francisco, Tocantins e Grande, com expectativa de maiores volumes nos próximos dias nestas duas primeiras.

Em termos de Energia Natural Afluente – ENA, as bacias dos rios Grande, Paranaíba, São Francisco e Tocantins, que juntos concentram cerca de 80% da capacidade de armazenamento do Sistema Interligado Nacional – SIN, se configuraram como o 4º pior, 2º pior, pior e 3º pior valor do histórico no período de janeiro a novembro. Nos primeiros dias de dezembro, vem se configurando o 28º pior, 42º pior, pior e 3º pior valor no período.

O ONS apresentou também que, em termos de Energia Natural Afluente – ENA bruta, foram verificados no mês de novembro de 2017 os valores de 103% no Sudeste/Centro-Oeste, 127% no Sul, 24% no Nordeste e 58% no Norte, referenciados às respectivas médias de longo termo – MLT. A Energia Armazenada – EAR – verificada ao final do mês de novembro de 2017 foi de 18,7%, 60%, 5,5% e 16,1% nos reservatórios equivalentes dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente, referenciados às respectivas EAR máximas. Os valores esperados de armazenamentos equivalentes ao final do mês de dezembro são: 24,3% no Sudeste/Centro-Oeste, 60,1% no Sul, 13,9% no Nordeste e 12,0% no Norte.

O ONS informou que, com base na última reunião do Grupo de Trabalho MCTIC/MME sobre Previsão Meteorológica Estendida, a distribuição de temperatura superficial do Oceano Pacífico Equatorial já permite classificar a situação atual como "La Niña". Os modelos numéricos e estatísticos indicam, na sua maioria, a continuidade desse fenômeno durante os primeiros meses do próximo verão, com intensidade de fraca a moderada.

A combinação das temperaturas dos oceanos Pacífico e Atlântico determinam maior probabilidade do total de chuva dos próximos três meses ocorrer na categoria abaixo da faixa normal climatológica numa ampla área que inclui parte das Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, com a seguinte distribuição de probabilidades: 25%, 30% e 45% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica.

O CMSE destacou que está garantido o suprimento eletroenergético do SIN, despachando o parque térmico conforme ordem de mérito de custo, e que permanecerá acompanhando atentamente a evolução das condições de atendimento ao longo da estação chuvosa 2017/2018, que está se iniciando.

Análise de Risco: O risco de qualquer déficit de energia em 2017 é igual a 0,0%[1] para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste considerando a configuração do sistema do PMO de dezembro de 2017. Já para o ano 2018, estes riscos são de 0,6% e 0,0%, para estes subsistemas, respectivamente.

Operação Hidráulica do Rio São Francisco: O ONS informou que permanece a política operativa hidráulica de defluências mínimas na cascata do rio São Francisco, com vistas à preservação dos estoques armazenados. Como resultado das ações desenvolvidas no âmbito do Grupo de Acompanhamento da Operação dos Reservatórios do Rio São Francisco, coordenado pela ANA, será possível manter todas as UHEs acima de seus armazenamentos mínimos operacionais no ano de 2017. A expectativa de armazenamento ao final do mês de dezembro é de 18,9% na UHE Três Marias e de 10,6% na UHE Sobradinho.

O ONS também informou que foi aprovada, pela ANA, Resolução que trata das novas regras de operação hidráulica das usinas do rio São Francisco, devendo ser aplicadas a partir do retorno à situação de normalidade e após comunicado desta Agência.

Expansão da Geração e Transmissão: A Secretaria de Energia Elétrica – SEE/MME relatou que, em novembro, entraram em operação comercial 294,6 MW de capacidade instalada de geração e 100 MVA de transformação na Rede Básica. Assim, a expansão do sistema no ano 2017, até o mês de novembro, totalizou 6.215 MW de capacidade instalada de geração, ultrapassando em 4% a previsão inicial para o ano 2017 (5.971,5 MW). Em relação à expansão da transmissão, totalizou 1.881 km de linhas de transmissão de Rede Básica e conexões de usinas e 10.834 MVA de transformação na Rede Básica.

Campanha de Uso Consciente de Energia Elétrica: A ANEEL apresentou a campanha de uso consciente e combate ao desperdício de energia elétrica, que foi desenvolvida em atendimento à deliberação da 185ª reunião do CMSE, realizada em 19 de setembro de 2017, e contou com o apoio institucional da ABRADEE e recursos do Programa de Eficiência Energética da ANEEL. Destacou que o conceito da campanha foi economia em família e que teve ótima repercussão na mídia. 

Condições de atendimento a Manaus: O ONS apresentou uma atualização das condições de atendimento ao Sistema Manaus, destacando a necessidade de geração térmica local para o ano de 2018 e o horizonte previsto de manutenção da disponibilidade das usinas térmicas – UTEs alugadas Flores (80 MW) e Iranduba (25 MW), para atendimento aos critérios de confiabilidade da Rede Básica do SIN. Nesse sentido, foi aprovada pelo Comitê a permanência dessas usinas até a entrada em operação do 4º Transformador 230/69 kV – 150 MVA da SE Manaus, previsto para março de 2019, de modo a manter a confiabilidade e segurança do atendimento a Manaus.

Comitê de Acompanhamento e Avaliação Permanente do Mercado: a SEE/MME apresentou as atividades do Comitê de Acompanhamento e Avaliação Permanente do Mercado. Adicionalmente, informou que foi aberta a Consulta Pública MME nº 42/2017, que trata dos impactos da adoção de preço horário no mercado de energia elétrica, com prazo de contribuição entre 20 de novembro e 19 de dezembro de 2017.

O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País. As definições finais sobre a reunião do CMSE de hoje serão consolidadas em ata devidamente aprovada por todos os participantes do colegiado e divulgada conforme o regimento.

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico

[1] Estes resultados são obtidos nas simulações do modelo Newave utilizando séries sintéticas, com tendência hidrológica, considerando em seus parâmetros que não há racionamento preventivo, térmicas por mérito e um patamar de déficit. Para séries históricas, o valor do risco de qualquer déficit é igual a 0,0%, para os subsistemas SE/CO e NE, para os anos 2017 e 2018.

 

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Fonte: MME.

 

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