Balanço da descontratação: quanta energia foi renegociada para reduzir sobreoferta

As distribuidoras de energia no Brasil vêm passando por frustrações em suas projeções de crescimento de demanda, com a recessão da economia, o que resulta em sobra de energia contratada desde 2016. Para ajudar a solucionar o problema, o governo autorizou que fossem realizadas negociações bilaterais entre geradoras e distribuidoras, para reduzir ou até mesmo cancelar os contratos.

O Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD), que já existia para que as distribuidoras trocassem entre si seus contratos, ganhou a modalidade de energia nova, para incluir nas negociações as geradoras de energia. Muitas aproveitaram a oportunidade para realocar contratos do mercado regulado para o mercado livre. Outras conseguiram cancelar permanentemente contratos de usinas que não sairiam do papel.

Ao reduzir a sobra de energia das distribuidoras, os MCSDs também abrem, de certa forma, espaço para novas contratações. A demanda dos leilões marcados para dezembro, A-4 e A-6, por exemplo, dependem da declaração de necessidade das concessionárias para atendimento aos respectivos mercados. Em março deste ano, a Abradee já estimava uma necessidade de contratação correspondente a 0,5% do mercado.

Com o MCSD A4+, realizado em maio, que descontratou permanentemente 1.363 MW médios a partir de janeiro de 2018, essa demanda pode aumentar.

 

 

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