São Paulo quer projetos para realizar leilão regional

O governo do Estado de São Paulo está pedindo projetos. É assim que o secretário de Energia, José Aníbal, definiu o atual status do plano para realizar leilões de energia nos moldes do que fez Pernambuco no final de 2013. Essa chamada serve para definir quais os tipos de estímulos e incentivos o governo poderá conceder para os investidores.

A ideia do governo é de realizar um leilão regional e por fontes ainda no primeiro semestre deste ano, conforme relevou o secretário de energias renováveis, Milton Flavio, em dezembro de 2013. No cronograma de trabalho, foram iniciadas as conversas para criar as condições a fim de viabilizar o certame considerando as externalidades de cada uma das fontes que serão contempladas.

Aníbal destacou nesta segunda-feira, 24 de fevereiro, que essas fontes seriam a eólica e a solar. De acordo com o executivo, as conversas, no momento, estão concentradas com a secretaria da Fazenda para saber quais os tipos de incentivos que poderão ser concedidos. Mas, para isso, diz que o governo precisa de projetos.

Entre os projetos, ele já destacou que há uma planta solar fotovoltaica que será construída na região de Votuporanga, no oeste do estado. Lá, revelou ele sem citar nomes, um grupo espanhol fechou um acordo de venda de energia com um shopping center da região que viabilizou o investimento em uma planta de 6,5 MWp. Ao final de 2013, o secretário de energias renováveis, Milton Flávio disse que a intenção era a de estimular, além das fontes apontadas por Aníbal, o biogás e resíduos sólidos.

Fonte: Canal Energia – 24/02/2014

Comentário de Ivo Pugnaloni, presidente da ABRAPCH:
 
A demanda que a ABRAPCH e todos os agentes do setor elétrico que operam com renováveis tem reivindicado há muito tempo, o governo de São Paulo, através de sua secretaria de Energia, afirma agora, pretender realizar.
 
Fica difícil entender como o governo federal não pode fazer o mesmo: leilões por fonte e por regiões, conforme as necessidades de um planejamento real das necessidades.
 
E não como agora, preços limite fixados sem qualquer critério conhecido, para entrega em qualquer lugar do país. Um grau de liberdade enorme para a entrega e nenhum grau de liberdade para preço.
 
Ou seja: a formula ideal para impedir o crescimento da geração de fonte renovável e a dependência cada vez maior das termoelétricas e dos combustíveis importados.
 
Do jeito “que o diabo gosta”!

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