CPFL Renováveis prevê investir R$ 1,5 bi no ano

A CPFL Renováveis vai investir R$ 1,5 bilhão neste ano, com foco nas obras dos cinco projetos em construção e que vão acrescentar 329,8 megawatts (MW) à capacidade instalada da companhia até 2020, afirmou André Dorf, presidente da companhia, em entrevista ao Valor. A companhia terminou o ano com 1,8 mil megawatts (MW) de capacidade instalada em operação, divididos em 81 projetos de energia eólica, solar, térmicas a biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).

Apenas para 2016, a previsão é de incremento demais de 20% da capacidade instalada, com 255 MW provenientes dos complexos eólicos Campo dos Ventos e São Benedito, ambos com 115,5 MW e localizados no município de João Câmara, no Rio Grande do Norte (RN). Há também a entrada da PCH Mata Velha, em Unaí, em Minas Gerais, com 24 MW.

Os outros projetos em construção são o complexo eólico Pedra Cheirosa, em Itarema, no Ceará, com 48,3 MW e entrada prevista em 2018, além da PCH Boa Vista II, localizada em Varginha, Minas Gerais, com 26,5 MW e entrada em operação prevista para 2020.

Até 2020, os investimentos devem ser da ordem de R$ 2 bilhões. Segundo Dorf, os investimentos deste ano devem ser viabilizados com financiamentos e caixa. Recentemente, a companhia fez uma captação de R$ 764 milhões com o BNDES para os projetos, afirmou Dorf.

A situação de sobreoferta de energia vista hoje no sistema não afeta os planos da companhia, segundo Dorf. “Pode durar um certo tempo, dependendo do reaquecimento da economia, mas nosso setor necessariamente olha para o longo prazo. Se olharmos num horizonte maior, seguimos com tendência de crescimento na matriz”, afirmou.

Para ele, as fontes renováveis seguem com “a mesma importância e o mesmo prognóstico positivo” para os próximos anos.

O foco da companhia continua no crescimento das suas operações, por meio de aquisições ou participação em leilões, caso as condições sejam atrativas.

A CPFL Renováveis terminou o quarto trimestre do ano passado com lucro de R$ 82,6 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 65,2 milhões apurado nos últimos três meses de 2014. A receita líquida cresceu 18,4% no trimestre, para R$ 437,4 milhões, enquanto o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 77,7%, para R$ 372 milhões.

No ano, porém, a CPFL Renováveis teve prejuízo de R$ 48,7 milhões, queda de 70,9% na comparação com o resultado de 2014, de R$ 167,3 milhões. Segundo Dorf, o resultado negativo refletiu efeitos não recorrentes, como as despesas com o risco hidrológico (medido pelo fator GSF, na sigla em inglês) e a falha em uma usina a biomassa.

Fonte: Valor Econômico

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