Projeto de P&D da Cesp que inclui solar, eólica e hídrica deverá ser prorrogado

O projeto de P&D da Aneel que a Cesp está desenvolvendo na área da UHE Engenheiro Sergio Mota (SP/MS, 1.540 MW) – Porto Primavera –  no município de Rosana, começou a apresentar seus primeiros resultados. A usina solar por meio de painéis rígidos em terra começou a geração em janeiro e totalizou 103.600 kWh de energia que foram injetados por meio dos sistemas da UHE. O projeto, contudo, contemplará mais três plantas solares, outra de painel rígido no reservatório e duas de células flexíveis uma em terra e outra também flutuante no lago da usina. Há ainda mais um gerador eólico de 500 kW de capacidade, o primeiro em território paulista.

As três novas plantas solares e a eólica estão em fase final de montagem e, segundo previsão da Secretaria de Energia do estado, deverão ficar prontas até o final de maio de 2016. Ao se confirmar esse prazo restarão cerca de três meses para a captação de dados de geração o que deverá levar à necessidade da prorrogação do prazo desse programa por até dois anos, já que está previsto o seu encerramento em agosto deste ano.

De acordo com o subsecretário de Energias Renováveis do Estado de São Paulo, Antonio Celso de Abreu Junior, essa possibilidade de ampliação do prazo já é prevista pelas regras do P&D da Aneel. A meta com esses estudos será desenvolver modelos de geração com esses diferentes tipos de geração para poder aplicar no futuro em prédios públicos, e em outras edificações como estações do metrô, sendo um atrativo para proprietários de veículos elétricos, seja automóvel ou bicicleta. Segundo ele, essa perspectiva abriria uma alternativa de mobilidade urbana, atraindo as pessoas para o metrô na cidade de São Paulo.

“Outro estudo que estamos fazendo é quanto a integração de geração intermitente com as duas fontes do projeto para entender a dificuldade de operação e a sua complementaridade com a operação do reservatório da usina Porto Primavera”, explicou o representante da secretaria de Energia em entrevista à Agência CanalEnergia. “O projeto tem 30 meses de duração, mas possivelmente será prorrogado, pois a montagem ficará pronta até maio quando teremos a operação do sistema completo”, revelou ele.

Abreu explicou que houve um atraso de um ano no projeto em relação à energia eólica. Esse fato deve-se em função das recomendações da Aneel em desenvolver um estudo anemométrico antes da decisão pela potência do aerogerador e a altura da torre que seria utilizada. Com isso, admitiu ele, o projeto poderá se estender por mais dois anos a depender dos resultados obtidos.

No total serão utilizadas duas tecnologias para as plantas fotovoltaicas, tanto em terra quanto no reservatório. Serão 250 kW em terra para os painéis rígidos e outro volume equivalente para os flexíveis e 25 kW de cada um em flutuadores no reservatório da usina Porto Primavera, que somados ocuparão 500 metros quadrados de área.

Fonte: Canal Energia

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