Secretário do Tesouro Nacional diz estar ‘satisfeito’ com leilão de energia

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse nesta quarta-feira (30) que está “satisfeito” com o leilão de energia realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que terminou com a contratação de 2.046 megawatts médios, em transações que somaram R$ 27,28 bilhões.

“O leilão foi bem e estamos satisfeitos com o resultado. Foi um pouco acima do que a gente estimava. Impacto disso é o que está na nossa programação. A partir de amanhã, essa energia que foi comprada passa a ser paga pelo setor energético por um valor bem menor do que o PLD [Preço de Liquidação de Diferenças]. O leilão foi bom, dentro do previsto, até um pouco melhor, eu diria, está dentro do nosso planejamento financeiro”, disse Augustin.

No curto prazo, ainda de acordo com Arno Augustin, o leilão representará energia mais barata para a distribuidora. “No primeiro momento, distribuidora faz um pagamento de um valor a menor. Há outras energias que entram e saem do sistema. Ano que vem vai entrar muita energia. Neste ano, também. Isso é muito dinâmico. O resultado do leilão para nos significa que o planejamento que nos fizemos estava correto. Não haverá alteração de valores. Serão R$ 13 bilhoes de auxílio ao setor elétrico [em 2014]“, declarou.

O secretário do Tesouro Nacional observou que as datas de reajustes das tarifas de energia elétrica não são iguais aos “fatos econômicos”, ou seja, ao leilão realizado nesta quarta-feira. “A conta de luz não muda de valor todos os dias. Muda de valor anualmente. O leilão de hoje significa que, nos reajsutes posteriores, este é um valor que não vai para a conta”, afirmou ele.

Arno Augustin também avaliou que foi um “sucesso” o empréstimo dos bancos para cobrir os custos das distribuidoras com o uso mais intenso de termelétricas e a compra de energia no mercado à vista, onde ela é mais cara, que somou R$ 4,7 bilhões. Segundo ele, houve “participação firme do setor privado”. “Mostrou a confiança do setor financeiro no sistema energético”, declarou.

Esses R$ 4,7 bilhões correspondem a 42% dos R$ 11,2 bilhões que, estima o governo, serão captados nos bancos para fazer frente ao aumento de gastos no setor elétrico em 2014, reflexo da queda acentuada no nível dos principais reservatórios do país devido à falta de chuvas.

Fonte: Portal PCH – 02/05/2014

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