Associações do setor de energias renováveis apresentam sugestões à Secretaria para atualização do PPE 2030

Diretores de associações do setor de energias renováveis entregaram na última sexta-feira, 4 de novembro, durante a reunião conjunta dos comitês técnicos de Legislação e Normas e de Uso Racional da Energia: Energias Renováveis e Eficiência Energética, estudos que serão utilizados para a formulação do novo PPE – Plano Paulista de Energia, que está sendo revisado pelo Cepe –  Conselho Estadual de Política Energética.

 

O objetivo é aumentar e diversificar a oferta de energia renovável na matriz energética do Estado de São Paulo até 2030.

 

O secretário de Energia e Mineração João Carlos Meirelles participou do evento e convocou a iniciativa privada a participar desse momento. “O que podemos propor concretamente? Nos tragam sugestões, pautas em comum. O Estado é parceiro de quem investe em São Paulo e está fazendo o impossível para gerar emprego e renda neste momento de crise”, disse Meirelles.

 

Para o VP Executivo da Cogen – Associação da Indústria de Cogeração de Energia, Newton Duarte, é fundamental ter um leilão regional com valores específicos por fonte para desenvolver a cogeração no Estado. Já o gerente em Bioeletricidade da Única – União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo, Zilmar Sousa, registrou que a Secretaria tem sido parceira em importantes projetos, mas destacou a necessidade do fortalecimento do mercado livre estadual.

 

Na área de geração eólica a contribuição foi apresentada pela presidente executiva da ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Silva Gannoum. Elbia destacou que a maior parte da cadeia do setor eólico está em São Paulo e que o setor cresceu mesmo com a crise 46% em 2015. “Está cada vez mais factível construir um parque eólico em São Paulo. O Estado tem o mesmo potencial alemão, que atualmente é o terceiro maior em geração eólica no mundo”, disse Elbia.

 

O diretor superintendente da Aprobio – Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil, Júlio Cesar Minelli, destacou que das 50 usinas de biodiesel em atividade no Brasil, apenas cinco estão em São Paulo. “O Estado hoje é importador de biodiesel, São Paulo pode ser protagonista e aumentar o processamento de soja, a principal matéria prima do biodiesel, pois por aqui passam 13 milhões de toneladas do grão por ano para exportação via porto de Santos”, disse Minelli.

 

Para o vice-presidente da Abiogás – Associação Brasileira de Biogás e de Biometano, Alessandro Von Arco Gardemann, o Brasil tem um potencial enorme e o maior mercado está em São Paulo, o maior produtor de cana de açúcar do país. O diretor presidente da Abrapch, Associação Brasileira Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas, Paulo Arbex, destacou que o Estado ainda possui potencial de geração hídrica. “É preciso esgotar essa fonte de energia limpa, barata e renovável”, disse.

 

Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar, Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, informou que o Estado subiu para o segundo lugar no ranking de instalações com 795 ligações, além de ter uma das melhores regiões para geração foltovoltaica do Brasil e ser o principal hub do setor.

 

Esse encontro do Cepe foi conduzido pelo subsecretário de Energias Renováveis da Secretaria de Energia e Mineração, Antonio Celso de Abreu Junior, em conjunto com os coordenadores do comitê cinco, José Aquiles Baesso Grimoni e do comitê dois, Fabrício Soler.

 

O Cepe criou sete comitês técnicos que têm como objetivo discutir e atualizar o novo Plano Paulista de Energia com o horizonte de 2030, em conformidade com a PEMC – Política Estadual de Mudança Climática.

 

Sobre o Cepe

 

O Conselho Estadual de Política Energética do Estado de São Paulo – Cepe tem como missão formular diretrizes e políticas públicas no setor energético para o Governo do Estado de São Paulo.

 

É integrado pelo secretário de Energia e Mineração, que o preside, pelo secretário da Casa Civil, seu vice-presidente, e pelos secretários de Saneamento e Recursos Hídricos, de Agricultura e Abastecimento, de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, de Planejamento e Gestão, e do Meio Ambiente.

 

Também fazem parte do Conselho um representante da Assembleia Legislativa, um representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp, um representante da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, um representante da Federação de Agricultura do Estado de São Paulo, um representante das Universidades Públicas do Estado, especialista no campo de energia, um representante dos Institutos de Pesquisa e até 5 (cinco) membros, de notório saber, experiência ou representatividade no campo da energia e que não tenham vínculos com as empresas concessionárias de energia.

 

Fonte: Secretaria de Energia e Mineração – SP

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